O cooperativismo é resultado da união de pessoas com sonhos em comum e que buscam a solução para os seus problemas e necessidades, independente da atividade. Foi assim, que em 28 de novembro de 1970 surgiu a Coamo e, em 17 de novembro de 1989, a Credicoamo, nos segmentos agropecuário e de crédito, respectivamente. Duas cooperativas que são a prova de que uma jornada construída com vários pares de mãos é a receita para o crescimento e prosperidade de todos.
Todo primeiro sábado do mês de julho é comemorado o Dia Internacional das Cooperativas, criado em 1923, mas que ganhou força a partir de 1995. É organizado e celebrado pela Aliança Cooperativista Internacional (ACI) em todos os cinco continentes envolvendo mais de um bilhão de cooperados integrando três milhões de cooperativas. E, em 2025, ainda, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu como o ano internacional das cooperativas, reafirmando o valor e importância do cooperativismo para o mundo.
No universo da Coamo e da Credicoamo, as cooperativas entregam aos cooperados todos os pilares da cooperação. Os benefícios em intercooperação são os programas de assistência técnica direcionada e a emissão de propostas de financiamento; o fornecimento de insumos agropecuários, máquinas e equipamentos; o recebimento e comercialização da produção, e o financiamento de estocagem e garantia de liquidação do financiamento; o sistema de capitalização compartilhado e as sobras como resultado da participação dos cooperados e eficiência do cooperativismo.
Dessa forma, os mais de 32 mil cooperados da Coamo, e os mais 29 mil associados da Credicoamo, são a razão da existência e do trabalho promovido diariamente pelas cooperativas e representam o sucesso do cooperativismo, que é referência. “Gerar e agregar renda aos cooperados com o desenvolvimento sustentável do agronegócio por meio de soluções financeiras sustentáveis está presente nas Diretrizes Corporativas e representa a missão das nossas cooperativas”, explica o presidente dos Conselhos de Administração da Coamo e Credicoamo, José Aroldo Gallassini.
Se sozinhos já são fortes, quando unidos são gigantes. Na união dos pequenos agricultores reside o poder de transformar o antes inimaginável em realidade. Por meio do pertencimento e da geração de renda, eles se tornam capazes de enfrentar desafios, superar limitações e construir um futuro promissor. Unidos, cultivam sementes, esperança, solidariedade e progresso.
Com mais de uma década de vínculo com a Coamo, o cooperado George Louveira Matoso, de Itaporã (Sudoeste do Mato Grosso do Sul), sabe bem disso e tem na cooperativa um pilar para o desenvolvimento de sua atividade agrícola. A parceria iniciou em 2014, após o incentivo de amigos. “Eles falavam muito da Coamo e, naquela época, me levaram até a cooperativa. Iniciamos um trabalho de parceria que foi, aos poucos, se intensificando. Comecei devagarinho e hoje posso dizer que sou 100% Coamo”, relata.
Desde então, a presença da cooperativa passou a fazer parte do cotidiano na propriedade. Segundo Matoso, a principal diferença entre atuar de forma isolada e contar com o suporte da Coamo está na estrutura completa à disposição do cooperado. “Compramos os insumos, fazemos contrato, seguro e financiamento. Tudo num local só”, afirma. Ele destaca ainda a facilidade no atendimento como um ponto positivo. “Se queremos comprar uma máquina, tem na Coamo. É tudo muito mais fácil. A gente está a sete quilômetros da cooperativa. Não precisa nem ter estoque de peças na propriedade. Precisou de algo, é só correr na Coamo. Isso melhorou muito para a gente.”
Ao longo da trajetória como cooperado, Matoso também percebeu transformações importantes na forma de conduzir a propriedade. Ele aponta a assistência técnica como uma parceria constante, presente em todas as etapas do cultivo. “A assistência técnica está sempre presente, acompanhando do plantio até a colheita. Amamos o uso de tecnologia e isso ajudou muito.”
O apoio vai além das orientações na Coamo, segundo ele, a relação de confiança também se reflete no fornecimento de insumos e na organização logística. “Nunca atrasaram com a gente. Uma data combinada, está tudo certinho. O que eu gostei muito é que, muitas vezes, a gente compra o produto e não precisa colocar no nosso depósito, que é perigoso. Sempre retiramos conforme vamos precisando. Isso nos ajudou demais.”
Com mais de uma década de vínculo com a Coamo, o cooperado George Louveira Matoso, de Itaporã (MS), tem na cooperativa um pilar para o desenvolvimento da sua atividade agrícola
Na parte financeira, Matoso também conta com o suporte da Credicoamo. Ele participa com frequência das reuniões e encontros promovidos pela cooperativa, espaços que considera importantes para a atualização e aprimoramento dos cooperados. “São vários os eventos promovidos pela Coamo. Esses encontros têm um papel importante, sempre aprimorando. Auxilia na tomada de decisão.”
Para Matoso, o cooperativismo representa um modelo que transforma a realidade do produtor. “Ninguém tira esse mérito do cooperativismo. É um sistema que veio para somar, com força de compra e venda. O cooperativismo dá uma melhor estrutura do que fi car sozinho. Sempre estou aprendendo. Quando eu não sei e os técnicos não sabem, eles vão atrás e trazem para a gente as explicações e sanam todas as dúvidas.
Herança cooperativista
O cooperativismo é um modelo que tem transformado a vida de inúmeras famílias no campo, proporcionando segurança, acesso a crédito e fortalecimento das atividades agrícolas. Entre os muitos exemplos de sucesso está a família Dalmarco, de Ouro Verde (Oeste de Santa Catarina), que encontrou no cooperativismo uma forma de evoluir e prosperar, mantendo a tradição familiar e a união no trabalho. Jesuíno Dalmarco, que iniciou sua trajetória na agricultura ainda criança, veio do Rio Grande do Sul para Santa Catarina aos 14 anos, acompanhado da família.
Com o passar do tempo, Jesuíno construiu sua família e foi trabalhando no campo, enfrentando as dificuldades de um pequeno agricultor. A ideia de cooperativismo chegou por meio de encontros organizados por agricultores da região. “Cada um sozinho não tem força”, relembra Jesuíno, destacando a importância da cooperação entre os pequenos agricultores para crescer e prosperar.
A partir desses ideais, Jesuíno começou a compartilhar os planos com seus filhos, que também se dedicavam ao trabalho no campo. Aos poucos, a família Dalmarco diversificou suas atividades, incluindo a produção de leite e o cultivo de fumo, além de investir em melhoramento genético do rebanho e manejo de pastagens. Com a união da família, o trabalho prosperou. “Nós não éramos cada um para si, e sim um pelo outro. Até hoje tudo o que a gente produz é em comum”.
A parceria com a Coamo foi um ponto de virada para a família Dalmarco. Jesuíno encontrou na cooperativa um apoio essencial para continuar suas atividades. O acesso a crédito facilitado e o suporte técnico foram determinantes para a continuidade dos trabalhos no campo. “A Coamo sempre foi um ponto de apoio para nós. Quando a gente precisou, ela estava lá”, afirma. Para Jesuíno, o cooperativismo representa um modelo essencial para o desenvolvimento agrícola. “Sozinho, ninguém consegue muita coisa. A cooperativa é nossa, é do produtor. Com ela, a gente tem força para negociar melhor e acesso a tecnologia e crédito”, reforça.
Família Dalmarco, de Ouro Verde (SC), encontrou no cooperativismo uma forma de evoluir e prosperar, mantendo a tradição familiar e a união no trabalho
Além do crédito, a Coamo proporciona aos cooperados assistência técnica especializada, capacitação para boas práticas agrícolas e acesso a insumos de alta qualidade. Esses fatores permitem que os produtores tenham mais segurança nas tomadas de decisão, garantindo mais produtividade e sustentabilidade.
O cooperativismo permitiu que a família expandisse os negócios e fortalecesse os laços familiares. Trabalhar em conjunto se tornou um dos pilares da trajetória. André Dalmarco, um dos filhos de Jesuíno, destaca a importância dessa união. “Meu pai sempre dizia: querem crescer na vida, trabalhem juntos. Juntos, somos mais fortes”, relata. A parceria familiar permitiu que a propriedade crescesse de dez alqueires para 43, além da aquisição de mais 15 alqueires recentemente. “Tudo pago e com muito trabalho”, destaca.
Além do crescimento nas atividades tradicionais, a família também investiu em um hobby que se tornou negócio: a produção de vinho. O que começou como uma tradição familiar evoluiu para uma pequena vinícola, com produção de seis mil litros de vinho por ano. “No começo era só para consumo, mas depois vimos que poderíamos transformar em uma renda extra”, explica André.
André Dalmarco com os vinhos produzidos pela família
Outro ponto de destaque é a diversificação nas atividades da propriedade. A família Dalmarco soube aproveitar as oportunidades e hoje, além da produção agrícola e da vinícola, se dedica à criação de gado de corte e leiteiro. A Coamo, por sua vez, exerce um papel fundamental no desenvolvimento dessas atividades. “Sempre tivemos um respaldo muito grande da Coamo. Eles acompanham nosso trabalho, orientam nas tomadas de decisão e garantem que a gente tenha o melhor rendimento possível”, comenta André. O apoio da cooperativa também se estende para questões financeiras, com acesso a linhas de crédito específicas para custeio e investimento.
A Coamo tem mais de 32.000 cooperados e mais de 10.500 funcionários em 76 municípios do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Com estrutura moderna, que constantemente passa por ampliações, reformas e melhorias, são 61 entrepostos, 12 postos de atendimento, seis postos avançado de atendimento e 42 postos de recebimento. Além de dispor de 11 Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS), 55 lojas de peças e 74 lojas veterinárias.
Crédito e seguro para a realidade de cada associado
Se no ramo agropecuário a transformação dos cooperados é visível, no crédito não é diferente. São quase 30 mil associados atendidos por mais de 500 funcionários que trabalham em prol do bem-estar e da sustentabilidade da família cooperada.
É um cuidado que começa ainda na infância, pois a Credicoamo integra-se à Coamo em programas de sucesso, como o Futuro Coop, que objetiva a educação e inclusão financeira, quando pais e avós podem associar filhos ou netos na cooperativa de crédito, com idade entre 10 e 17 anos, para que aprendam, desde cedo, a usar seu dinheiro com protagonismo e responsabilidade.
A Credicoamo possui uma completa oferta de produtos e serviços financeiros e todas as operações feitas pelo associado são revertidas em seu benefício por meio de valor justo e da participação nos resultados. Os recursos financeiros ficam na própria região, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social. Isso
é sempre observado pelo presidente do Conselho de Administração, José Aroldo Gallassini, que destaca a Credicoamo como um apoio financeiro fundamental para os associados. São modalidades, programas, linhas de financiamento, seguros e pacotes de aplicações financeiras adequados à realidade de cada um.
Hoje a Credicoamo conta com 51 agências de relacionamento, no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
A Credicoamo é uma cooperativa de crédito singular e independente no cenário nacional, focada especialmente na atividade agropecuária. Em um mundo globalizado, dinâmico e inovador, percorre um caminho de inovação, sem perder as raízes, que remontam ao ano de 1989, quando 29 cooperados da Coamo acreditaram no cooperativismo de crédito e fundaram a Credicoamo.
Com gestão personalizada e essência cooperativista, Credicoamo busca atender necessidades do associado e contribuir para a realização de seus sonhos
A cooperativa faz do atendimento humanizado seu ponto forte, que pode ser percebido em cada uma das 51 agências, onde prevalece o clima de simplicidade e harmonia, sempre buscando soluções nos períodos em que o associado enfrenta adversidades, visando à continuidade de sua atividade.
“Com uma gestão adequada e profissional, sempre pensando no coletivo e com atendimento humanizado, customizado e personalizado, o associado se sente valorizado. Ele é o dono, e para o dono, a cooperativa trabalha para ser a melhor opção de negócios sustentáveis”, observa Alcir José Goldoni, presidente executivo da Credicoamo.
As cooperativas de crédito são sociedades de pessoas, os bancos, sociedades de capital; nas cooperativas, os usuários são donos do negócio, nos bancos, são clientes; nas cooperativas de crédito, todos participam das decisões, nos bancos os usuários não influenciam nos produtos ou precificação; nas cooperativas, os recursos financeiros dos associados são administrados de forma vantajosa para todos, já os bancos visam lucro; enquanto na cooperativa os resultados retornam aos sócios de forma proporcional às operações realizadas (sobras), no banco, os resultados retornam aos acionistas.
Diariamente, o associado é recebido em seu ponto de atendimento, onde pode financiar o custeio da safra, ampliar recursos e contratar seguros. Um relacionamento focado em entender o associado, que chega com sonhos, dúvidas, incertezas e recebe informações e orientações. O acolhimento humano vai do aperto de mão à transparência e boa conversa. Esse clima não se resume ao ambiente da agência. A Credicoamo participa de palestras, dias de campo, Copa Coamo, eventos sociais diversos, tudo, para estar ainda mais perto do associado, dando apoio e compartilhando informações.
No ambiente digital, o associado dispõe de ferramentas para facilitar a vida, com toda a segurança necessária. A comodidade está na palma da mão, pois por meio do aplicativo, ele pode acessar a Credicoamo em qualquer dia, lugar e horário. “Ter a Credicoamo como o domicílio financeiro, é dispor de inovação, simplicidade e segurança, é praticar a essência do cooperativismo”, comemora o presidente executivo.
Brasil passa de 23 milhões de cooperados e 23% da população está associada ao cooperativismo
A relevância socioeconômica do modelo de negócios cooperativista continua crescendo e se torna cada vez mais representativa. O Anuário do Cooperativismo Brasil divulgado pelo Sistema OCB, aponta que o país já soma 23,45 milhões de cooperados, o que equivale a 11,55% da população, com base no último censo do IBGE. O número é 14,5% superior ao registrado em 2023, quando o total de cooperados atingiu 20,5 milhões de brasileiros. Além disso, o movimento engloba 23% da população ocupada, emprega 550.611 profissionais e sua movimentação financeira alcançou R$ 692 bilhões.
“Estamos muito felizes com os resultados deste último levantamento. Eles demonstram que estamos cada vez mais próximos dos números da meta BRC 1 TRI de prosperidade. Além disso, os resultados apontados no AnuárioCoop nos ajudam a aprimorar nossa atuação na representação institucional do cooperativismo e a dar a visibilidade que ele merece para envolver ainda mais pessoas nesse ciclo virtuoso”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Ao todo são 4.509 cooperativas e a maior concentração está no Ramo Agropecuário, com 1.179 cooperativas; seguido pelos ramos Transporte (790); Saúde (702); Crédito (700); Produção de Bens e Serviços (641); Infraestrutura (276); e Consumo (221). O modelo de negócios está presente em 1.398 municípios brasileiros.
No geral, o maior número de empregados está concentrado no Ramo Agropecuário com 257.137 trabalhadores, seguido pelos de Saúde (139.772) e Crédito (111.911).
Também evidenciam a força do movimento cooperativista os indicadores financeiros. Os ativos totais do setor atingiram R$ 1,16 trilhão. O capital social foi contabilizado em R$ 94 bilhões. Em ingressos, que é de fato a movimentação financeira do setor, foram R$ 692 bilhões. As sobras do exercício, por sua vez, atingiram R$ 38,9 bilhões. Aos cofres públicos, o cooperativismo injetou mais de 33,9 bilhões em tributos e outros R$ 31,7 bilhões foram para pagamento de salários e outros benefícios concedidos aos colaboradores.
O Anuário 2024 traz números expressivos do cooperativismo no mercado internacional. Apoiadas pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), as cooperativas brasileiras somaram US$ 8,3 bilhões em negócios em 2023. Com a participação, 2,5% de tudo o que foi vendido pelo Brasil ao exterior foi exportado por cooperativas, enquanto 7,1% dos embarques do agronegócio também foram feitos por uma cooperativa. No total, 96 cooperativas são apoiadas pela ApexBrasil e 81 realizaram exportações. Dentre elas, aproximadamente 75% estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste. Os principais produtos comercializados são carnes de aves, soja triturada, café não torrado e carne suína.