Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 557| Maio de 2025 | Campo Mourão - Paraná

EXPANSÃO

Três décadas de evolução e cooperação

Chegada da Coamo ajudou a transformar a realidade da região Oeste do Paraná e a cultivar um novo sentimento no campo, o de pertencimento

Há 30 anos, a chegada da Coamo ao Oeste do Paraná plantava mais do que sementes no solo fértil da região, iniciava uma transformação profunda no modo de produzir, comercializar e prosperar no campo. Desde então, a cooperativa se tornou referência em desenvolvimento rural, conectando produtores a uma rede de apoio, infraestrutura e valorização da produção.

Com unidades em locais estratégicos, a Coamo ampliou a capacidade de escoamento da safra e levou oportunidades para milhares de famílias. Para os cooperados, fazer parte da Coamo vai além do suporte logístico, é participar de um sistema sólido, que incentiva o trabalho com responsabilidade coletiva.

O presidente dos Conselhos de Administração da Coamo e da Credicoamo, engenheiro agrônomo, José Aroldo Gallassini, explica que a instalação da cooperativa na região Oeste ocorreu por meio da incorporação da Coopagro, uma cooperativa que enfrentava dificuldades econômicas no início da década de 1990. A decisão, considerada estratégica, permitiu a continuidade do trabalho com os produtores e ampliou a atuação da Coamo no Estado. “Foi uma decisão muito acertada. Tivemos a oportunidade de fazer a incorporação e acabou dando certo”, comenta Gallassini.

A região Oeste do Paraná se destaca pelo perfil diversificado de produtores, com experiências consolidadas no cooperativismo e uma variedade de atividades agropecuárias. “É uma região com uma diversificação de renda muito importante. Temos aqui uma participação muito ativa do quadro social”, destaca Gallassini.

Segundo ele, os cooperados têm uma participação expressiva na entrega de produção, além do envolvimento em outras frentes, como as operações financeiras realizadas por meio da Credicoamo.

Antonio Cezar Gomes, gerente da Coamo, e Ademir Maltauro, cooperado em São Pedro do Iguaçu (PR)

Gallassini ressalta que ao longo desses 30 anos, a presença da Coamo no Oeste do Paraná contribuiu para a geração de renda, fortalecimento das propriedades rurais e ampliação da infraestrutura de apoio à produção.

Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo, afirma que a cooperativa tem papel fundamental no desenvolvimento da região com investimentos em infraestrutura e suporte aos cooperados. Ele ressalta que esse trabalho é essencial, especialmente durante a colheita, como ocorre com a atual safra de milho. “Sem uma estrutura adequada para recebimento e armazenamento, o cooperado enfrentaria dificuldades para manter a qualidade da produção e a cooperativa para receber safras como essa de milho”, explica.

Segundo Galinari, com o apoio da Coamo, o cooperado realiza a colheita com mais segurança. “O produtor colhe o milho, leva na Coamo e descansa, porque não tem preocupação nenhuma mais com a qualidade do produto.” Ele reforça que o trabalho desenvolvido pela cooperativa traz benefícios diretos ao quadro social. “Ele fica só preocupado com a comercialização e decide o momento que achar melhor.”

Ademir Luiz Maltauro é cooperado da Coamo em São Pedro do Iguaçu desde 1995, quando a cooperativa chegou à região Oeste do Paraná. Ele relata que no início havia desconfiança, resultado de experiências anteriores, mas destaca que a decisão de se associar à Coamo trouxe resultados positivos e benefícios. “Estou muito feliz de ter participado do início da cooperativa na região.”

A assistência técnica é apontada como um dos principais diferenciais pelo cooperado. “Os agrônomos orientam sobre correção de solo, adubação adequada e escolha de variedades. Essa parte da assistência técnica é primordial. É o que ajuda a produzir mais e a ter melhor resultado.”

Maltauro também valoriza o papel da diretoria e dos funcionários da cooperativa. Para ele, o desempenho da Coamo depende do esforço coletivo. “É um conjunto: diretoria, colaboradores e cooperados. Todo mundo junto é que faz a diferença.” Ele destaca ainda a atuação do presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, que considera fundamental para a cooperativa e para o cooperativismo.

O bom trabalho da Coamo nesses 30 anos na região Oeste são, para Maltauro, reflexo de ações contínuas. “Saímos de uma produção baixa nos anos 1990 e hoje conseguimos produzir muito bem, graças às melhorias feitas no solo e ao apoio da cooperativa.”

O cooperado observa que os impactos da Coamo vão além da lavoura. “A cooperativa mudou o cenário completo. Gera emprego, movimenta o comércio e melhora a vida na cidade.” Segundo ele, o sentimento em fazer parte desses 30 anos é de satisfação e gratidão. “Estou feliz. É uma cooperativa que veio para ajudar a gente. Sinto muito orgulho de fazer parte da maior cooperativa da América Latina.”

Maltauro recorda que começou na agricultura praticamente do zero, em 1984, sem recursos nem maquinários. “No começo, eu não tinha nem uma chave de fenda. A terra era fraca. Colhíamos pouco. Com apoio da Coamo, acesso a crédito e assistência, foi possível investir, melhorar o solo e aumentar a produção. A cooperativa deu crédito e acreditou que a gente ia fazer o melhor.”

Ademir Maltauro com a esposa Ivanete

Maltauro acompanhou a chegada da Coamo em São Pedro do Iguaçu

Narciso Miguel Feiten, de Vila Nova, também é cooperado desde o início da Coamo na região Oeste do Paraná. "Com a chegada da cooperativa nós tivemos uma segurança", afi rma. Ele destaca as vantagens percebidas logo após a instalação, como o pagamento à vista e a distribuição de calcário aos cooperados. Além disso, menciona a assistência técnica oferecida pelos agrônomos e a formação de um grupo de atendimento especializado para cooperadas.

Entre as atividades oferecidas, Feiten cita a realização da Copa Coamo, que considera positiva para os cooperados. Ele também destaca a instalação da loja de peças na região, essencial para os produtores locais, e a chegada da Credicoamo, que ajudou a alavancar a gestão financeira dos cooperados. “Foi importante em todos os sentidos. A cooperativa continua crescendo bastante. E com a Coamo crescendo, nós crescemos juntos", comenta.

Sobre sua evolução como cooperado, Feiten destaca os investimentos realizados ao longo dos anos, como a compra de terras, aquisição de maquinário, tratores, colheitadeiras e caminhões. "O dinheiro é sempre investido na melhoria da propriedade", relata.

Para ele, o cooperativismo é fundamental para a agricultura. "Todo agricultor deveria participar da cooperativa. É onde fazemos todos os negócios. Na Coamo você tem tudo, desde o plantio até a colheita", explica e acrescenta que a Coamo não nasceu para uma geração, mas sim para que outras gerações possam desfrutar dos benefícios.

Na visão do cooperado, a Coamo se diferencia por oferecer algo a mais em relação a outras cooperativas. "Nós também temos que usar as tecnologias de ponta e a Coamo oferece isso para nós", afirma.

Narciso Miguel Feiten, de Vila Nova, também é cooperado desde o início da Coamo na região Oeste do Paraná

Narciso Feiten com a esposa Terezinha e o engenheiro agrônomo, Jackson Emanuel da Silva Arruda da Coamo em Vila Nova

Everaldo José Gobbi trabalha na cooperativa desde o início das atividades na região Oeste do Paraná

Everaldo José Gobbi trabalha na cooperativa desde o início das atividades na região Oeste do Paraná. Ele iniciou sua trajetória, em 1995, como porteiro na unidade de Bragantina. Ao longo dos anos, passou por diversos cargos, como auxiliar Operacional, atendente de Cooperados, encarregado Administrativo, até assumir a supervisão Administrativa e Financeira em Toledo, cargo que ocupa atualmente.

Sobre a evolução da cooperativa, dos cooperados e da região durante esse período, Gobbi destaca a segurança proporcionada pela Coamo aos agricultores da região Oeste do Paraná. “Havia muita insegurança em relação às cooperativas porque empresas tinham falido. A Coamo trouxe tecnologia, desenvolvimento e respeito ao agronegócio local, o que contribuiu para a confiança dos produtores rurais.”

Sobre a evolução da estrutura da cooperativa na região Oeste, Gobbi observa um crescimento signifi cativo. “Todas as unidades da região Oeste praticamente dobraram o seu recebimento. Tudo está interligado, se tem esse fornecimento, tem esse recebimento, tem assistência técnica. O crescimento foi muito grande, com certeza.”

Para o funcionário, o marco de 30 anos da Coamo no Oeste do Paraná representa orgulho. “Eu sinto muito orgulho. Imagino que todos os funcionários sentem o mesmo orgulho por fazer parte dessa empresa. A Coamo nos traz segurança, confi ança e honestidade.” Ele ressalta ainda a importância da relação entre diretoria, funcionários e cooperados. “São três pilares, o tripé para tudo dar certo.”

Wanderley Graeff, jornalista em Toledo, acompanha a trajetória da Coamo no Oeste do Paraná desde o início das atividades da cooperativa na região. “A Coamo teve um papel fundamental no resgate da credibilidade do cooperativismo, que estava seriamente abalada pelos problemas que levaram à liquidação da cooperativa anterior. 

” Graeff ressalta que a Coamo conquistou espaço por meio do trabalho, da responsabilidade e da seriedade, proporcionando um novo alento para o homem do campo, não só em Toledo, mas em toda a região Oeste. “Aos poucos, foi reacendendo essa paixão pelo cooperativismo, que é uma marca tradicional na região.” 

Sobre o papel da Coamo no desenvolvimento da região, Graeff afirma que é “extraordinário”. Ele explica que a cooperativa trouxe tecnologias e ofereceu apoio ao produtor rural para aumentar a produtividade, por meio de assistência técnica e orientação no uso de insumos. “Isso contribuiu para que Toledo tivesse uma trajetória histórica e se destacasse na primeira posição no ranking do Valor Bruto da Produção Agropecuária do Estado.” Como consequência, Toledo recebeu do governo do Paraná e da Assembleia Legislativa o título de capital do agronegócio do Estado.

Ao falar sobre sua experiência profi ssional, Graeff observa a diferença no trabalho jornalístico ao cobrir pautas relacionadas ao agronegócio e ao cooperativismo, especialmente envolvendo a Coamo. “É fantástico. Já entrevistei muitos cooperados e temos uma parceria muito antiga aqui.”

Ele destaca ainda a diversidade dos produtores, desde o homem simples do campo até aqueles que estão mais antenados às questões de mercado. “A Coamo contribuiu muito, trazendo informações e promovendo a formação não só do produtor, mas também das suas famílias, ajudando na evolução cultural.” Segundo ele, essa evolução cultural signifi ca mais interesse pelo mercado, por exemplo, uma vez que o campo é uma indústria a céu aberto e precisa ser bem gerida para ser eficiente.

Wanderley Graeff, jornalista em Toledo, acompanha a trajetória da Coamo no Oeste do Paraná desde o início das atividades da cooperativa na região

Unidade da Coamo em Toledo

É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.